Nesta segunda-feira (11) o especialista em gestão acadêmica, design curricular e avaliação da aprendizagem, Alexandre Nicolini, afirmou que “as IES brasileiras, principalmente as privadas, são muito tímidas ao propor inovações e colaborar com o desenvolvimento da sociedade”. Segundo ele, a extensão “virou um requisito legal para as IES no país, mas não se transformou propositalmente em iniciativas de atuação junto à sociedade. Projetos incorporados ao currículo pouco se traduzem em ações de impacto social”.
Nicolini está acompanhando em Coimbra (Portugal) o evento Inova Juntos, um projeto internacional executado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) e o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (CES), com o apoio financeiro da União Europeia (UE), que tem duração de três anos e trabalha a vocação e a inovação em 20 municípios/consórcios públicos brasileiros que farão pares com 12 municípios/territórios portugueses e 8 municípios latino-americanos.
Durante esse período o município será acompanhado por especialistas, que realizarão o diagnóstico vocacional participativo, e ao final será construído um laboratório de inovação. O projeto trabalha os temas Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a Nova Agenda Urbana (NAU) e a Carta Brasileira para Cidades Inteligentes (CBCI), além dos transversais como equidade de gênero, boa governança, sustentabilidade ambiental, inovação, democracia local, participação social, e crianças e jovens.
Ao falar sobre a participação brasileira na iniciativa, Nicolini faz questão de destacar que, para ter impacto social, “o que importa não é o tamanho da IES, mas a diferença que ela quer fazer. Aprendentes não faltam, profissionais já estão contratados, a carga horária necessária já está embutida nos custos. Mas como capitalizar todos esses recursos a favor do desenvolvimento da sociedade e da projeção institucional da IES?”.
Add a Comment