Na última quinta-feira (9) estive na UNIFIPA, em Catanduva-SP, e fiz uma palestra sobre a “Revolução Digital e Inteligência Artificial na Educação Superior”. Na minha exposição, expliquei como as revoluções tecnológicas estão transformando rapidamente as profissões, a economia e o cotidiano, exigindo uma nova postura de profissionais e educadores.

O emprego da IA e da automação está retirando o controle direto dos humanos em algumas tarefas, tornando-nos mais supervisores do que operadores. E se antes a aplicação da IA era meramente operacional, agora ela já está impactando profissões criativas, reduzindo drasticamente o tempo e o custo de produção de conteúdos criativos, como músicas, por exemplo.

Nesse cenário, o papel do educador deve mudar de um transmissor de conteúdo para um arquiteto de competências, um “designer de experiências de aprendizagem”, focando em ensinar aos alunos a habilidade mais crucial: a capacidade de resolver problemas complexos a partir de uma base científica.

Os conteúdos se tornarão obsoletos, já que o que é ensinado hoje provavelmente não será válido ou suficiente em 30 anos, mas a capacidade de aprender a aprender, e se adaptar a um futuro em constante mudança, é o que fará a diferença.

Claro que também cabe ao professor ensinar aos alunos o caminho para o uso eficaz da IA, especialmente a “engenharia de prompt”, pois saber fazer a pergunta certa é o que define um bom resultado deste uso. Para isso é preciso oferecer ao docente formação estruturada e trabalho conjunto.

A IA não deve ser vista como vilã, mas como uma aliada dos educadores e dos alunos, uma assistente para tarefas repetitivas e geração de ideias e o professor precisa estar preparado para atuar como um mediador que ajuda o aluno a “abrir a porta por dentro”, promovendo a autonomia.

E a sua IES? Como ela tem lidado com a Inteligência Artificial?